sábado, 3 de novembro de 2012

Ciclo "MORTE"...

PROGRAMAÇÃO DE NOVEMBRO
Lembrando que a partir deste mês, em virtude do horário de verão, começaremos um pouquinho mais tarde, as 19 horas...na Casa de Cultura Pedro Wayne...

5/11 - A Morte Cansada - dir. Fritz Lang, 1921
Num vilarejo europeu do século XIX, a Morte leva um jovem justo quando este estava prestes a se casar. Sua noiva, aos prantos, suplica que devolva a vida do seu amor. A Morte decide dar uma chance à jovem desesperada, prometendo devolver a vida do noivo se ela conseguir evitar a morte de uma das três vidas prestes a perecer. Lang mostra, então, a história das três luzes; na exótica Pérsia, na Veneza Renascentista, e na China Imperial. Três tentativas de esperança. Três conflitos entre o amor e a morte. Maravilhosa fantasia gótica inspirada nos sonhos de infância do genial Fritz Lang, em colaboração com sua esposa Thea Von Harbou. Influenciou outras obras-primas do cinema mudo como "O Sétimo Selo" de Ingmar Bergman e "O Gabinete das Figuras de Cera" de Paul Muni. Esta edição foi digitalmente masterizada direto do 35 mm. As imagens estão em suas autênticas cores monocromáticas. (cinedica.com.br)

12/11 - Contato - dir. Robert Zemeckis,1997
Durante muito tempo, Elie Arroway (Jodie Foster) tentou manter contato com vidas extraterrestres inteligentes. Deixou de lado sua vida particular e até mesmo o amor do teólogo Palmer Joss (Matthew McConaughey). Depois de anos seu sonho se tornou realidade. Com origem na distante estrela Vega, chega a Terra uma informação cifrada e Ellie é primeira pessoa a captá-la e a única disposta a seguir cegamente a mensagem alienígena. Esta é a sua grande chance de fazer contato, mesmo que para isso tenha que correr risco de vida. Emocionante, fascinante e envolvente... prepare-se para fazer CONTATO. (interfilmes.com)

19/11 - Depois da Vida - dir. Kore-eda Hirokazu, 1999
Em um ponto qualquer entre o céu e a terra, pessoas mortas recentemente são apresentadas aos seus guias. Durante os três dias seguintes, estarão escalados para ajudar os mortos a vasculhar suas memórias em busca de um momento determinado de suas vidas, uma boa lembrança, um marco em suas existências. O momento escolhido será recriado em um filme, que será uma espécie de lembrança que levarão consigo em sua passagem para o paraíso. Mas, além do choque dessas pessoas ao saberem que estão mortas, resta ainda uma tarefa difícil: escolher o momento mais importante de suas vidas. (interfilmes.com)

26/11 - Memórias Póstumas de Brás Cubas - dir. André Klotzel, 2001
Após sua morte em 1869, Brás Cubas (Reginaldo Faria / Petrônio Gontijo), disposto a se distrair um pouco na eternidade, decide narrar suas memórias e revisitar os fatos mais marcantes de sua vida. E adverte: "A franqueza é a primeira virtude de um defunto". É com desconcertante sinceridade que ele relembra sua infância, juventude, incidentes familiares e personagens marcantes, como o amigo Quincas Borba (Marcos Caruso), que passa de mendigo a milionário. Fala ainda sobre sua formação acadêmica em Portugal e o discutível privilégio de nunca ter precisado trabalhar. Com a mesma franqueza, Brás Cubas convida o espectador a testemunhar sua tumultuada vida amorosa. Lembra o primeiro amor, a cortesã espanhola Marcela (Sonia Braga) que amou-o por "15 meses e 11 contos de réis". O segundo, a jovem Eugênia (Milena Toscano), que “apesar de ser bonita, mancava. E sua grande paixão, Virgília (Viétia Rocha), que acaba trocando-o pelo político Lobo Neves (Otávio Müller). Abordando o cotidiano ou acontecimentos nacionais, na vida ou na morte, Brás Cubas alterna ironia e amargura, melancolia e bom-humor sem perder a leveza. Em qualquer estado de espírito, ele nos surpreende pela irreverência e devastadora lucidez. (interfilmes.com)

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Setembro, hora de falar de eleições


PROGRAMAÇÃO SETEMBRO

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3/09 - Luar Sobre o Parador (1988, EUA - Paul Mazursky)
Enquanto trabalha em um filme na pequena cidade de Parador, Jack Noah recebe a oferta de um papel que ele não pode recusar: fingir que é o recém-falecido ditador da nação. Entretanto Madonna (Sônia Braga), a amante de sangue quente do ditador, tem outros planos e encoraja Jack a tirar vantagem da situação, além de começar a fazer algumas mudanças democráticas. Em pouco tempo, Jack ofende os camaradas políticos enquanto conduz o país à revolta e ganha o coração da massa oprimida.
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10/09 - O Voto é Secreto (2001, Canadá/Irã/Itália/Suíça - Babak Payami)
Uma urna de eleições cai do céu presa em um pára-quedas. Este surreal acontecimento vai transformar a vida de um soldado que cumpre suas funções em uma praia deserta. Para seu espanto, logo depois chega a responsável pela urna, uma funcionária da justiça eleitoral encarregada de recolher os votos daquela comunidade. Este dia realmente não será como os outros. Acompanhada de um dos soldados, que deve conduzi-la em seu jipe, os dois descobrirão que retirar os votos dos habitantes não será nada fácil e que uma eleição pode ser mais delicada do que se poderia imaginar.
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17/09 - Vocação do Poder (2005, Brasil - Eduardo Escorel / José Joffily)
A equipe do documentário acompanha a campanha realizada por seis candidatos ao cargo de vereador da cidade do Rio de Janeiro, durante aseleições municipais de 2004. A produção traça um panorama das ações de cada candidato durante todo o processo eleitoral.
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24/09 - Intervalo Clandestino (2006, Brasil - Eryk rocha)
O estado de espírito do povo brasileiro diante da realidade social e política do país. O documentário se desenvolve junto à população, no ritmo acelerado do cotidiano. A câmera circula pela malha urbana do Rio de Janeiro e capta uma atmosfera pré-eleitoral contraditória. Em meio ao caos cotidiano a atenção se volta para pessoas comuns de diversas profissões que, através de depoimentos e impressões, tecem comentários e reflexões sobre as perspectivas políticas do país.
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quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Lixo Extraordinário



Vik Muniz é salvo pelos objetos de sua arte


Por Carina Toledo (omelete.uol.com.br )

Um trecho do Programa do Jô abre Lixo Extraordinário (2010). Assim Vik Muniz é apresentado à plateia pela voz do senso comum que é a televisão. Nada mais condizente com um artista cujas obras mais famosas são reproduções - ou remakes, para usar a palavra da moda - de criações de outros artistas, mas em material inusitado.

Todo artista passa pelo processo de procurar sua técnica e, enquanto estava no meio da contrução de uma Mona Lisa com catchup, entre outros exercícios, Muniz tornou-se famoso sem criar uma obra que fosse conceitualmente sua - sintoma dos tais 15 minutos de fama previstos por Andy Warhol, cujas obras também ganharam releituras de Muniz. Foi na série de fotografias Crianças do Açúcar, em que fotografou filhos de cortadores de cana-de-açúcar no Caribe, que ele passou a fazer arte de cunho social.

Muniz decidiu então explorar as possibilidades do Jardim Gramacho, bairro do município Duque de Caxias, região metropolitana do Rio de Janeiro, que abriga o maior aterro sanitário da América Latina. Seu objetivo era fotografar cenas do lixão e reconstruí-las com o material reciclado coletado pelos catadores. Ele só não imaginava que acabaria se envolvendo tanto com a comunidade local.

Conhecer as pessoas que trabalham no lixão é um dos pontos mais interessantes do documentário. É a partir dali que aquelas pessoas observam o mundo. Classificam o que é lixo de rico e lixo de pobre, imaginam uma pessoa com base na sua mala-direta e têm acesso à literatura de peso e passam a criar suas próprias interpretações - "Ah, Nietzsche era um cara que tinha uma filosofia muito maneira", explica Tião, presidente da Associação dos Catadores do Jardim Gramacho.

À medida que os catadores passam a fazer parte do processo de criação de Muniz fica evidente que não há como sair inalterado do encontro com outros modos de vida e com a arte. É o choque pós-moderno da casta marginalizada com o artista best-seller, como se estivessem saindo da caverna pela primeira vez.

Caridade à parte, a cineasta Lucy Walker, que assumiu a direção depois da passagem de Karen Harley e João Jardim, foi muito feliz em focar o documentário naqueles que são o objeto da obra, humanizando um filme sobre arte. É a espontaneidade daquelas pessoas que salva Lixo Extraordinário, pensado comercialmente para o exterior e narrado por Muniz em inglês, idioma que prevalece também nas conversas com sua esposa e seu assessor, todos brasileiros. E, sem entrar no mérito da arte de Vik Muniz, os enquadramentos pensados pelo artista conseguem encontrar no lixão sua beleza.





quarta-feira, 13 de junho de 2012

feira de trocas de arquivos digitais e debate sobre pirataria

excelente leitura e evento muito interessante a respeito das tecnologias de cópia e as leis de direitos autorais no Brasil!
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Se o comércio clandestino (camelôs, estabelecimentos comerciais e sites que vendem cópias não autorizadas) é conduta ilegal, porém o mesmo não se pode afirmar sobre cópias para uso privado e o download gratuito colocado à disposição na internet.
(...)
Contrario sensu, é permitida a cópia integral de obra intelectual, sem autorização do detentor do direito autoral, desde que não se vise lucro, seja direto, seja indireto, mas é proibida a cópia não autorizada, mesmo parcial, para fins lucrativos. Assim, não comete crime o indivíduo que compra discos e fitas "piratas", ou faz cópia para uso próprio; ao passo que se o locador o fizer poderão configurar-se violação de direito autoral e concorrência desleal.

Pelo Princípio da Reserva Legal, segundo o qual não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia fixação legal, a cópia integral não constitui sequer contravenção. No Brasil, quem baixa arquivos pela internet ou adquire produtos piratas em lojas ou de vendedores ambulantes não comete qualquer ato ilícito, pois tais usuários e consumidores não têm intuito de lucro.
(...)
A premissa "comprar filme pirata é roubar" é despida de qualquer sentido e de fundamentação legal, tratando-se de propaganda falsa, caluniosa e abusiva, sujeita a sanções do Conar e persecução criminal. (...) se houver crime é o perpetrado pela abominável campanha, que por sua vez vem somar-se a outros embustes, como o criado pela União Brasileira de Vídeo (UBV), de que produtos piratas danificariam os aparelhos, quando na verdade quem os danifica é a própria indústria ao instalar códigos de segurança que tentam impedir cópias.


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inovacaosocial.cc/cultura-digital/feira-de-trocas-de-arquivos-digitais-e-debate-sobre-pirataria

segunda-feira, 2 de abril de 2012

curta no campus e exibições extraordinárias!



AS EXIBIÇÕES FIXAS DO CINECLUBE, DE PERIODICIDADE SEMANAL, ESTÃO TEMPORARIAMENTE SUSPENSAS

PORÉM, PERMANCEM OCORRENDO AGENDAMENTOS PARA AS EXIBIÇÕES EXTRAORDINÁRIAS, REALIZADAS À CONVITE EM INSTITUIÇÕES DE ENSINO E ATIVIDADES CUTURAIS, OU EVENTOS DE NATUREZA SEMELHANTE

TAMBÉM OCORREM EXIBIÇÕES PERIÓDICAS DE CURTAS NO CAMPUS BAGÉ DA UNIPAMPA, O "CURTA NO CAMPUS", NA SALA 2201, TODAS AS QUINTAS-FEIRAS ÀS 12:30



quinta-feira, 15 de março de 2012

gravidez na adolescência é tema de debate (IFSul - Campus Bagé)





http://www.ifsul.edu.br

Alunos de todos os semestres, dos cursos técnicos em Agropecuária e Informática do campus Bagé, participaram de um dia de reflexão e debates relacionados ao Dia Internacional da Mulher. O objetivo, de acordo com a organização, foi integrar a comunidade acadêmica em torno de um tema importante para a efetiva construção da igualdade de direitos entre homens e mulheres.

“Este dia representa um momento para conhecermos e refletirmos sobre os direitos conquistados pelas mulheres e sobre as desigualdades sutis que ainda compõem as relações de gênero. Por isso, decidimos inserir o IFSul na programação da Semana da Mulher, que ocorre aqui em Bagé, por ocasião do Dia Internacional da Mulher”, explica o professor de Sociologia, Lisandro Moura, que organizou a atividade.

O tema escolhido foi a gravidez na adolescência. Primeiramente, foi exibido o documentário Meninas, de Sandra Werneck, que trata do assunto. Logo após a exibição, alunos e professores analisaram essa temática na perspectiva de diferentes áreas do conhecimento. Os alunos ficaram surpresos com a abordagem apresentada.

Na opinião do estudante do 3º semestre do curso técnico em Informática, André Maraschin, o filme mostra uma realidade dura do Brasil. “Nem sempre os órgãos públicos dão todo o apoio necessário às pessoas necessitadas. O documentário mostra, ainda, a questão da responsabilidade do homem e da mulher no que se refere à sexualidade, à responsabilidade da maternidade enquanto ainda se é adolescente”.

Vanessa Bernardes, também estudante de Informática, elogia a iniciativa. “Eu achei a proposta muito interessante. Sou aluna do primeiro semestre e já pude perceber que o IFSul dá muita importância para a integração com os alunos. A proposta é formar ideias, fazer a gente expressar nossas opiniões sobre a realidade. Gostaria que houvesse mais atividades desse tipo”, sugere.

O evento contou ainda com a participação da representante da Coordenadoria Municipal da Mulher, Lélia Quadros; da coordenadora do Projeto Mulheres da Paz, Juliana Collares; e do representante do Sorro Cineclube, Giovani Andreoli , um projeto de extensão da Universidade Federal do Pampa (Unipampa) que proporciona exibição semanal e gratuita de filmes.

quarta-feira, 14 de março de 2012

MELANCOLIA - de Lars von Trier, Alemanha /Dinamarca /França /Suécia, 2011 (resenha)




http://www.imdb.com/title/tt1527186


"Melancolia" é um estado de espírito? Um limite da alma? Uma entrega à frieza e aridez do mundo real?

Lars von Trier materializa magicamente um sentimento hediondo e inevitável na forma de um planeta monstruosamente adequado à falta de esperança e o desgosto pela vida. Pois a tristeza sem nome ou motivo ou fim tem o peso de um planeta que paira ameaçador sobre nossas cabeças. O fim dos tempos vem de dentro, muito mais do que do espaço sideral, e o choque entre ambos é definitivo. A perda de sentido, a ausência de valor, o vazio, a morte. Fim do mundo? Acontece todos os dias, diante de nós ou no fundo de nossas mentes, muito mais concretamente do que nos permitiríamos de admitir.

A elegância da luxuosa locação contrasta com a quase absoluta miséria humana retratada com a simplicidade já característica do Trier. Simplicidade complexa, cheia de camadas, surpresas e monotonias, estranhamento, pausas, contemplação e sensibilidade. A tecnologia fabulosa da câmera digital hiper-lenta mais uma vez coroa a obra do autor, que desenvolve diante dos olhos o espanto de uma narrativa não necessariamente linear, não necessariamente coerente, investida de um sentimento estrondoso, de um silêncio ávido. A atuação deslumbrantemente deprimente de Dunst e Gainsbourg têm as marcas do sofrimento minimalista, incessante e onipresente com o qual se deparam as personagens, mergulhadas em trivialidade abjeta e inescapável, representando algo dentre o que há de mais insano e mundano em nós seres humanos. O gosto de cinzas do prato predileto é a melhor metáfora para a tristeza absoluta. De certa forma, a ausência de sentido é o único conforto no fim do mundo. E permite a sanidade expressa na garantia da entrega ante a pureza da infância.

Se o evento astronômico é ímpar, o que gira em torno dele é apenas o que sempre foi: um momento depois do outro, o fluxo do espaço-tempo divergindo em memórias, mágoas, mentiras, misericórdia e melancolia.


quinta-feira, 1 de março de 2012

mês de março: ciclo "manifesto"

mês de março: ciclo "manifesto"



Dia 01 - Clube da Luta (ficção)

Dia 08 - Zeitgeist: Adendo (documentário)

Dia 15 - The Edukators (ficção)

Dia 22 - The Coconut Revolution (documentário)

Dia 29 - RIP! A Remix Manifesto (documentário)