sexta-feira, 29 de abril de 2011
quinta-feira, 28 de abril de 2011
mês de maio: ciclo das mães
dia 03 - Tudo sobre minha mãe (Almodóvar, Espanha, 1999)
dia 10 - Minha vida sem mim (Coixet, Canadá / Espanha, 2003)
dia 17 - Adeus Lenin (Becker, Alemanha, 2003)
dia 24 - Casa de areia (Waddington, Brasil, 2005)
dia 31 - Grace (Solet, EUA /Canadá, 2008)
quarta-feira, 27 de abril de 2011
Literatura, Cinema e Teatro: gêneros
unipampa.edu.br/portal/noticias
domingo, 24 de abril de 2011
Finalizando o ciclo platino deste mês de abril!
sábado, 23 de abril de 2011
encontro "Falando em Cinema: sin fronteras"
sexta-feira, 22 de abril de 2011
o jogo do zodíaco (resenha)
Os filmes de "caça ao serial killer" sempre foram tidos como um gênero menor, como filmes "B". Raramente mereceram por parte do público uma atenção que fosse além da sala de projeção. Basicamente, os espectadores esperavam por sustos e pela surpreendente revelação do final. E quanto a isso eles não podem reclamar, pois o cinema americano traz todos os anos inúmeros exemplares do gênero. Agora, um exemplar do gênero como Zodíaco é raro, se não único.
Em 1968, jornais de São Francisco, CA, começam a receber mensagens cifradas de alguém que diz ser o responsável por uma série de assassinatos acontecidas em cidades próximas. O suposto assassino, que se identifica pelo nome de Zodíaco, ameaça dar sequência aos crimes caso os jornais não publiquem as mensagens.
No filme dirigido por David Fincher (Seven, Clube da Luta) acompanhamos os jornalistas do São Francisco Chronicle, Robert Graysmith (Jake Gillenhaal) e Paul Avery (Robert Downey Jr), e os policiais David Toschi (Mark Ruffalo) e William Armstrong (Anthony Edwards) nas investigações para tentar chegar à pessoa que se esconde por trás do codinome Zodíaco.
Fincher sempre se destacou pelo primoroso trabalho técnico. Porém, nesse filme ele superou as expectativas. Desde a primeira tomada exibindo a noite de São Francisco iluminada pelos fogos de artifício é impossível não dizer que poucos trabalhos de fotografia no cinema conseguiram captar de forma tão esplendorosa um cenário urbano. Juntamente com a fotografia de Harris Savides, os trabalho de direção de arte e de figurino conseguem ir além das monótonas reconstituições de época. A sensação ao assistir a Zodíaco é de estar vendo um filme que foi rodado na década de 60 com a tecnologia do século XXI.
Impressiona a facilidade com que o filma transita por vários gêneros, passando do terror para a comédia e da comédia para o drama de forma bastante convincente. Aliás, grande parte da força do filme se deve a alternância de situações dramáticas e cômicas, onde o diretor consegue construir um jogo de contrastes que causa surpresa e nervosismo no público. Difícil não ficar aflito com a cena que mostra um casal de namorados sendo atacado de forma tão violenta na beira de um lago em uma bela tarde de primavera. É como colocar um filme de terror dentro de uma comédia romântica.
Apesar de as sequências de assassinato estarem presentes e serem muito bem construídas, elas são secundárias no filme. O que interessa ao diretor é explorar a obsessão dos personagens para descobrir quem é o Zodíaco. Esse enfoque revela uma evolução do cinema de Fincher se comparado ao seu primeiro filme policial. Em Seven as angústias dos personagens ficavam em segundo plano com relação ao jogo sádico do assassino, em Zodíaco o jogo é figurativo e os personagens são a essência.
O que contribui para essa escolha do diretor é o excelente trabalho do elenco. Principalmente de Robert Downey Jr, que interpreta o jornalista Paul Avery com total naturalidade, mostrando que atuar vai muito além de usar o verbo e as lágrimas.
Outro destaque é o roteiro escrito por James Vanderbilt. Ele consegue registrar de forma muito precisa todos os detalhes que envolveram o caso: o nome das pessoas, dos lugares, a coleta de evidências e a consulta de datas e documentos. Graças à mágica da edição, usada com a sabedoria de quem entende que não apenas as palavras dialogam, mas as imagens também, torna-se um prazer acompanhar um filme que durante os seus mais de 150 minutos nunca se torna confuso ou cansativo.
Zodíaco mantém o foco no processo de apuração e principalmente nas dificuldades que atrapalham ou que muitas vezes inviabilizam esse processo. Entre as quais a vaidade, que acaba colocando jornalistas e policiais em campos opostos, terminando por comprometer a investigação. O filme também ressalta de forma muito perspicaz as dificuldades de se trabalhar em conjunto numa época em que computador era artigo militar.
Ao abordar o trabalho de duas profissões que lidam com a "verdade" e que buscam obsessivamente encontrar respostas, Zodíaco parece afirmar que todas as vezes que o ego fica acima do compromisso e a tecnologia abaixo do esperado a única certeza que resta é a da dúvida.
quinta-feira, 21 de abril de 2011
curso de Extensão, gratuíto, aberto à comunidade
Literatura, cinema e teatro: gêneros
(curso de Extensão, gratuíto, aberto à comunidade)
terças e quintas, 12h às 14h
local: Sala Multimeios do SESC-RS (Rua Barão do Triunfo, 1280)
inicio: 26 de abril
duração: 30 hs nesse semestre, continuação (mais 30 hs) no próximo
inscrições e maiores informações pelos e-mails:
ishra21@yahoo.com.br
fabiane.lazzaris@gmail.com
porteiras.unipampa.edu.br/bage
quarta-feira, 20 de abril de 2011
a dor do conhecimento
(pt.wikipedia.org/wiki/Ágora)
terça-feira, 19 de abril de 2011
segunda-feira, 18 de abril de 2011
segunda exibição ciclo platino
domingo, 17 de abril de 2011
nº 4 (resenha)
domingo, 10 de abril de 2011
sábado, 9 de abril de 2011
a cultura digital e o direito autoral (artigo reproduzido)
Direito Autoral e Creative Commons
"Valorização do artista nacional"
Pirataria e perdas na indústria da Cultura
Novas leis e novos direitos
(artigo reproduzido de congressoemfoco.uol.com.br)
sexta-feira, 8 de abril de 2011
unipampa segue com seus cineclubes
www.unipampa.edu.br/portal/component/content
quinta-feira, 7 de abril de 2011
c'est la vie (resenha)
Os filmes de James Gray provocam uma profunda experiência cinematográfica e humana. Quando um artista domina os códigos da sua arte e, além disso, consegue usar essa linguagem para abordar os mais angustiantes conflitos das relações humanas e do homem diante das suas escolhas, ele nos possibilita viver ou reviver algo que raramente o “mundo real” nos apresenta de forma tão intensa.
O espaço do cinema de Gray é o da família. O que os pais esperam dos filhos, o que os filhos esperam dos pais, o que todos esperam da vida, e afinal o que a vida tem a oferecer. Em Amantes (Two Lovers), Leonard (Joaquin Phoenix) é romântico, passional e bipolar, o que significa ser o típico personagem que dança na beira do abismo, debatendo-se perante a escolha pelo afeto e a compreensão de Sandra (Vinessa Shaw) e a paixão por Michelle (Gwyneth Paltrow).
Um grande cineasta não precisa de palavras para falar, ele usa o que a sua arte lhe oferece: uma câmera, um espaço e alguns rostos, nesse caso “todos os rostos” de Joaquin Phoenix. A câmera de Gray é a radiografia da dor, e a dor se apresenta num olhar perdido, numa foto de infância, num encontro num terraço de edifício ou num gesto de adeus.
O dilema não precisa ser dito, ele aparece num simples movimento: a câmera acompanha Sandra saindo do quarto de Leonard e retorna em direção à cama onde ele está sentado sendo guiada pelo seu olhar para a janela que mostra o apartamento de Michele. É o fluxo de consciência transformado em imagem.
A carência afetiva e a conturbação psicológica de Leonard ficam expressas numa Nova York cheia de gente, mas onde todos vivem sós na multidão. Na balada, a música alta, a dança e o agito servem como uma tentativa frustrada de abafar o silêncio, a melancolia e a sensação de abandono presentes em todo o filme porque fazem parte da natureza dos personagens (se é que também não fazem parte da natureza humana). Os silêncios e as palavras não ditas de um encontro mal-sucedido só são quebrados pelo vento gelado de um inverno que parece não ter fim (o da alma).
Em “Amantes” não há espaço para alívio cômico, cinismo, frases de efeito ou “belas declarações de amor”. Raros filmes mostram o quanto dizer “eu te amo” pode ser a coisa mais honesta, emocionante, angustiante e dolorosa de se dizer a alguém.
No final, o olhar de cumplicidade, afeto, resignação e compreensão trocado entre mãe e filho são a mais contundente constatação de que o homem e as suas escolhas, os seus desejos e sonhos são insignificantes diante da indiferença ou das escolhas, dos desejos e sonhos que a vida nos permite.
domingo, 3 de abril de 2011
abertura do ciclo platino!
Estréia do ciclo platino é hoje, às 19h na Casa de Cultura Pedro Wayne com Netto Perde Sua Alma. Entrada franca.
folhadosulgaucho.com.br
sexta-feira, 1 de abril de 2011
mês de abril: cinema latino-americano
Chamamos este de "ciclo platino":
05.04 - Netto perde sua alma (Tabajara Ruas, Beto Souza - 2001, Brasil)
12.04 - El Baño del Papa (César Charlone, Enrique Fernández - 2007, Uruguai)
19.04 - O Sabiá (Zeca Brito - 2010)
La Línea Imaginária (Gonzalo Rodriguez - 2008)
26.04 - Valentin - (Alejandro Agresti - 2002, Argentina)
Países platinos são o Uruguai, Argentina e Paraguai. Porém, costumeiramente e por compartilharmos de culturas semelhantes, associamos ao termo Argentina, Uruguai e Brasil (especificamente o Sul - no caso, nós).
Há possibilidade de contarmos com as presenças de Zeca Brito (diretor Bageense) e Gonzalo Rodriguez (diretor Uruguaio).