quarta-feira, 30 de março de 2011

velocidade máxima (lista de sugestões)



Bullitt confirma que a partir da segunda metade da década de 60 até o fim da década de 70 o cinema norte-americano viveu seu melhor momento.


O filme de Peter Yates é constantemente lembrado pela cena de perseguição envolvendo o personagem de Steve McQueen. E sim, a sequência é empolgante. Apesar de Bullit ter muitas outras qualidades, essa cena me fez pensar nos melhores “pegas” automotivos do cinema. Assim resolvi exercer um dos maiores prazeres da humanidade: fazer listas.


Filmes com as melhores cenas de perseguição:


1 – A Supremacia Bourne, de Paul Greengrass, 2004


Greengrass transforma a cena de perseguição num duelo western passado nas ruas de Moscou. Os closes, os planos de detalhe, o zoom, os cortes rápidos intercalando imagens de acelerador, câmbio de marcha, volante, e pneus rasgando o asfalto, tudo conduzido por uma trilha eletrônica que cresce junto com a dramaticidade e a emoção da sequência, culminam num dos melhores momentos do cinema do século XXI.


2 – Os Donos da Noite, de James Gray, 2007


Até assistir a essa obra-prima não conhecia um exemplo de perseguição como cena de tragédia grega. Gray deixa a câmera no interior do carro, e acompanhamos os acontecimentos pela perspectiva subjetiva dos personagens. O carro como ameaça de morte transforma o que seria ação em puro drama e tragédia.


3 – À Prova de Morte, de Quentin Tarantino, 2007


Se fosse uma cena dirigida por Gray seria puro drama, mas como é Tarantino, é uma cena, antes de assustadora, cool, espetacular e metalinguística. Tarantino brinca com os mecanismos do cinema ao colocar um dublê (Stuntman Mike), que nas horas vagas atua como serial killer, para dirigir um carro à prova de morte trucidando mulheres. O azar de Mike é que ele pega uma dublê de verdade pelo caminho.


4 – O Exterminador do Futuro 2. de James Cameron, 1991


Duas cenas de perseguição antológicas com finais antológicos. Na primeira, o androide T-800, interpretado por Schwarzenegger, usa uma Harley Davidson para tentar resgatar John Connor, raptado pelo androide T-1000. A segunda sequência envolve até um helicóptero, encerrando com a explosão de uma carreta e um “hasta la vista baby”. Apesar dos marcantes efeitos digitais, Cameron se notabiliza pelos efeitos mecânicos nas cenas de perseguição.


5 – Operação França, William Friedkin, 1971


Uma espetacular perseguição num espetacular filme de perseguição. A cena em que o personagem de Gene Hackman pilota um carro pelas ruas de Nova York tentando alcançar um trem é louca e obcecada, bem de acordo com o perfil do personagem de Hackman.


6 – Bullitt, Peter Yates, 1968


Os planos abertos e longos, os poucos detalhes em cena e a inventividade para sustentar uma extensa cena de perseguição tornam essa sequência algo que só seria possível na era pré-MTV.


7 – Ronin, John Frankenheimer, 1998


O Operação França da década de 90. A ideia de colocar uma perseguição na contramão numa movimentada autoestrada contando com a mágica de Hollywood só podia dar muito certo.


8 – O Exterminador do Futuro 3, Jonathan Mostow, 2003


Único momento marcante de um filme tão aguardado. Pelo menos Mostow não poupou esforços e nem um caminhão guincho para pôr alguns quarteirões de Los Angeles a baixo.


9 – 60 Segundos, Dominic Sena, 2000


Filme ruim. Recomenda-se passar diretamente para os últimos vinte minutos, quando o personagem de Nicolas Cage mostra todo o seu amor pela sua “Eleanor”.


10 – Matrix Reloaded, irmãos Wachowski, 2003


Numa autoestrada dentro da Matrix tudo é possível. A excelente trilha eletrônica e as capotagens em bullet time deixam o espectador pedindo bis. Pena que o filme não provoque a mesma reação.

terça-feira, 29 de março de 2011

“O que é isso, companheiro?”: a repressão romantizada (resenha)

Uma introdução ao passado recente da história do país. Com direito a romance e muita licença poética. Desta forma é possível definir “O que é isso, companheiro?”, filme de Bruno Barreto, de 1997. Os personagens representam velhos conhecidos, como Fernando Gabeira, Franklin Martins e outros atores políticos atuais. No enredo, um dos fatos mais marcantes contra os militares nos 20 anos de repressão: o planejamento do sequestro de Charles Elbrick, embaixador dos Estados Unidos.

Para quem conhece bem a história do golpe militar de 1964 e suas consequências, é necessário muita paciência para a poesia. Romance, heróis e estratagemas mirabolantes que não existiram, fazem parte do roteiro. Porém para quem só tem os livros de História do ensino fundamental e médio como referência, é uma forma de compreender melhor tal período, as barbáries cometidas e os ideais dos jovens considerados, no sentido mais pejorativo, guerrilheiros. Entender os fatos de uma forma mais real é o tema de um próximo post, com outra indicação de filme.

Além disso, tal filme é um marco no cinema nacional. A partir de seu lançamento viu-se possibilidades de produções renovadas, com resultados aptos a competirem em grandes concursos cinematográficos – tendo sido, inclusive, indicado ao Oscar de melhor filme estrangeiro. A sétima arte brasileira passou a deixar de ser exclusivamente reconhecida pelo apelo sexual, abrindo espaço para argumentos e roteiros com histórias melhor desenvolvidas, assim como deixou uma porta aberta para o investimento público no setor.
P.S.: No dia 1º de abril completa 47 anos do golpe militar no Brasil. 

Twitter do Sorro

O Sorro Cineclube agora tem twitter. Sigam-no os bons.
www.twitter.com/sorrocineclube

segunda-feira, 28 de março de 2011

Sorro no Rota 20

Breve entrevista no canal 'Rota 20', onde pudemos divulgar o cineclube:

http://www.rota20.com.br






domingo, 27 de março de 2011

acerca do "horror" (resenha)


Afinal, porque gostamos de filmes de horror? Ok, nem todo mundo gosta e, de fato, muita gente detesta. Muita gente não vê sentido nenhum em se assustar à toa, não considera isso nada divertido, sequer saudável. E há também os que riem deste tipo de narrativa, porque pensam que é tudo bobagem, efeitos sonoros e visuais que assustam os crédulos de mente fraca.




Pensando bem, entendo realmente que a maioria das pessoas que assiste os chamados "filmes de horror" pensa isso mesmo: é tudo bobagem, é uma "emoção enlatada", como em uma comédia ou um drama, como ir à montanha russa e gritar até cansar, ou assistir a uma peça de teatro e ser parte daquele mundo imaginário durante apenas umas duas horas. Este é um sentido das histórias de horror: poder experimentar emoções angustiantes, tensão, suspense, medo, etc. só que de forma segura, sabendo que é tudo invenção e que, no final, terminado o filme, tudo volta ao normal, e podemos dar boas risadas do fato de termos nos assustado daquilo. E isso é realmente muito natural, pois mesmo crianças têm esse estranho desejo de sentir medo, com as histórias de fantasmas e monstros que são muito convincentes quando contadas à noite, à luz de velas ou ao redor de uma fogueira, principalmente antes de dormir.

Aliás, para especificar: quando falo de "histórias de horror", me refiro àquelas que têm por temática central o sobrenatural, ou que deixam subentendido que nela atua algo de fora da realidade comumente aceita por nós como verdadeira.

Histórias de horror se distinguem do horror na ficção científica porque esta última tenta explicar (ou deixar sugerido que se possa um dia tentar explicar) os fenômenos de forma racional, quantificável e previsível pela consciência. Ainda que existam histórias de horror próprias da ficção científica, como os clássicos Guerra dos Mundos e Invasores de corpos, não é a mesma coisa. Nas histórias de horror da ficção científica, temos sempre a segurança de que o chão é sólido, de que tudo em que acreditamos até hoje continua valendo, mesmo se descobrimos que nossa espécie foi criada por alienígenas medonhos ou que estamos todos vivendo dentro de uma realidade virtual induzida por computadores a muitos séculos. As leis da física não mudam ou, se mudam, são substituídas por outras leis mais amplas e complexas, e é assim mesmo o mecanismo pelo qual a Ciência trabalha. Estas histórias podem assustar, mas dão sempre no final a impressão de que são teorias alternativas e mirabolantes a respeito da estrutura do mundo concreto.

Histórias de horror se distinguem das histórias do horror urbano ou de policiais, de detetives, os ditos suspenses, porque esta é a categoria reservada para horrores já cotidianos, ou exagerados para tornar a narrativa chocante. Aí se encaixam as personagens dos assassinos seriais, líderes políticos e os outros tantos monstros que são pessoas de carne e osso como nós, ainda que sejam tão perturbados que possamos questionar se são realmente humanos. Entretanto, volta e meia vemos notícias nos jornais que corroboram estas histórias, mostrando-nos que este tipo de horror é bem palpável, bem possível... Por um lado, é mais horrível ainda mas, por outro, nos conforta com a clareza de que o mundo ainda é o mundo, e o horror que alguns de nós praticam é mais uma dimensão da natureza, humana ou não. Como melhores exemplos, cito O silêncio dos inocentes e Monster - desejo assassino, que são sérios e profundos. Infelizmente, de uns tempos pra cá, têm sido produzidas algumas obras bem sofríveis, e até mesmo desrespeitosas, visto que banalizam e vulgarizam a violência e a doença mental, torcendo-as num formato "clean" vendável, retratando o horror como um simples exercício de idéias distorcidas e intrincadas, tais como Jogos mortais e O amigo oculto.

Histórias de horror se distinguem das narrativas sobre o horror da guerra, que são vistas hoje tanto na ficção e na literatura histórica quanto nos noticiários sobre o Oriente Médio e o nosso Estado de São Paulo. Falei sobre isso um pouco no dia dez deste mês, aqui no b'log. A guerra é o espaço limite da civilização: ao mesmo tempo motivador de invenções tecnológicas e controlador de excedentes populacionais, conduz a violência ao seu ápice, transforma nossa condição em algo mais baixo, mais vil, mostrando que somos capazes de atos inaceitáveis, e mesmo impensáveis, dentro do ambiente social habitual. Não há muito mais o que dizer sobre isso... A guerra é uma expressão do horror incontrolável, absoluto e, ao longo de nossa história, nunca estivemos completamente livres deste tipo de pesadelo desperto. As duas terríveis Grandes Guerras Mundiais foram a derrocada das esperanças de harmonia no ideário da Modernidade, as quais muitos de nós estamos tentando até hoje recuperar, ou substituir por algo mais sólido e duradouro. Filmes que falam sobre este assunto, com ênfase no horror psicológico, existem muitos e muito bons, com destaque para Nascido para matar (Full metal jacket) e Alucinações do passado (Jacob's ladder); existem, claro, outros muito tenebrosos em diversos sentidos, de tão mal feitos.

Histórias de horror podem mesmo enfocar simplesmente o plano do horror psicológico, a vulgarmente chamada loucura, que pode ser tanto a loucura de um sujeito isolado quanto a loucura de uma comunidade inteira. Sem necessariamente mostrar conseqüências concretas, como no caso da destruição e da agressão física, este gênero tende a explorar o sofrimento humano mais realista. Aliás, as narrativas deste estilo são comumente narrativas que trazem críticas, sejam com respeito ao sistema de saúde mental e seus métodos de tratamento, seja com relação à dinâmica das instituições, como a família, a escola, a política, etc. Nosso querido Nelson Rodrigues foi um mestre deste tipo de construção argumentativa; ainda que por vezes deslanchasse em delírio, nunca perdia contato com o centro de orientação que o conduzia. Este tipo de horror é o que sustenta os outros tipos, e podemos dizer que está incluído dentro de todos eles; cito-o isoladamente porque pode se apresentar neste formato particular.

Histórias de horror podem ainda ser trabalhadas no nível do horror fantástico, do absurdo assumido, que são o que fazem geralmente nos filmes sobre vampiros, lobisomens e mortos-vivos, etc. Digo "assumido" no sentido de que sequer tentam parecer próximos da realidade; pressupõem que o espectador "entre no jogo", aceite desde o começo que certas maluquices totalmente implausíveis são fatos concretos naquele momento. Partindo daí, certos filmes podem ser realmente muito bons, inteligentes e assustadores; ainda que não sejam "sérios", criam tramas sombrias, semelhantes aos antigos contos de fadas (para quem não sabe, por exemplo, a Chapeuzinho Vermelho morre no fim da historinha infantil em sua versão original). Cito os diretores Argento e Romero, este último com o clássico A noite dos mortos-vivos; na década de oitenta, O lobisomen americano em Londres e o primeiro Pesadelo (Nightmare on Elm Street) marcaram lugar junto com todos aqueles filmes sobre Drácula, que teve sua versão mais aprofundada bem mais tarde com Coppola, em Drácula de Bram Stoker, que aliás muitos dizem que não é horror. Esta sim é uma lista longa, a do horror fantástico, nem vou tentar entrar no mérito. O valor que vejo neste tipo de narrativa é exatamente esta liberdade criativa, este gosto de "conto da Carochinha" para adultos, esta natureza fabulosa do imaginário humano, delirante, porém com certo sentido simbólico, como os pesadelos noturnos mais insólitos. Desconsidero, claro, a categoria do horror esculacho, que foi de onde surgiu o gênero "terrir", mistura de terror com rir; este tipo de narrativa não chega a muito mais do que sustos repentinos e imediatamente engraçados, mal-estar por causa de cenas nojentas, e são mais um gênero de diversão bizarra, de uma estética exótica e escatológica, do que realmente horror.

Portanto, entendo que, para a maioria das pessoas, a coisa fica por aí, nestas categorias que citei: horror mesmo é isso, não tem como "levar a sério" qualquer coisa que não seja delimitada pelos nossos padrões de realidade concreta e cientificamente explicada. Existe apenas o que vemos todos os dias, e não tem sentido nós nos preocuparmos com as almas dos mortos ou alienígenas mal-intencionados se um ladrão, um motorista bêbado ou um sociopata são problemas com os quais realmente temos de lidar. Saudável é quem consegue separar o horror fantástico, de função simbólica e imaginária, do horror real, seja o urbano ou da guerra.

Aliás, esse é um aspecto interessante do componente irracional de nós seres humanos: pergunte a alguém se ele acredita em vampiros, demônios ou coisas do gênero (supondo que "acreditar" é sinônimo de "acreditar que existe e que pode acabar aparecendo ali na frente do sujeito"), e veja a diferença de fazer esta pergunta às três da tarde no parque da Redenção e às três da manhã num quarto pouco iluminado, de preferência com uma janela que dê vista para uma lua cheia sobre um cenário ermo, sem energia elétrica. Bem, se nossa civilização se "libertou" das "crendices sem sentido" que permeavam as comunidades humanas anteriores, por outro lado não deixamos os sentimentos que acompanham certas imagens, conceitos, sensações, totalmente de lado.

E há muitas outras dimensões da nossa natureza humana que são comparáveis a de nossos ancestrais, dada nossa natureza destrutiva. Vejamos, por exemplo, a escalada da violência ao redor do esporte nacionalmente consagrado, o futebol (literalmente "ao redor", porque a violência não está tanto no campo quanto nas arquibancadas). Por um lado, isso não é um fenômeno repentino, e veio evoluindo nas últimas décadas; o futebol tornou-se progressivamente mais violento, refletindo o trajeto da nossa sociedade como um todo. Por outro lado, este tipo de coisa sempre existiu, desde os "circos" dos romanos e antes ainda. O que muda é a configuração, a escala, a intensidade, a possibilidade de controle, o nível de danos provocados. Mas a agressividade em si é da nossa natureza, assim como a esperança, assim como a compaixão, assim como o medo... principalmente o medo do desconhecido.

Por isso mesmo, entendo que há uma última, e pouco considerada, categoria: o horror realista, que é a narrativa que se apresenta de forma convincente, mesmo tratando de um tema sobrenatural o qual, por definição, não é real. Este tipo de história assusta não só na imagem, no som, na narrativa apresentados, como também no conceito e na possibilidade de que seja verdade. Vejamos... temos o caso paradigmático de A bruxa de Blair que, todos sabemos, trata-se de ficção mas que, no formato apresentado, propôs a ficção de ser um caso real. Muita gente acreditou, pelo menos por algum tempo, que a lenda da bruxa era de verdade. Há outros casos, não me recordo agora, e agradeço aos leitores que puderem contribuir com nomes. É uma qualidade de "beirar o real" que existe em outros gêneros: na ficção científica, há os filmes sobre alienígenas, que são um mito vivo de nossos dias, como no título Incidente em Roswell. De qualquer modo, é mais comum hoje encotrarmos pessoas ditas "esclarecidas" que levem à sério visitantes alienígenas do que visitantes de um mundo espiritual. Quando se trata com o sobrenatural, é inevitável tratarmos com a religião, pois ambos coexistem no mesmo plano de percepção do mundo: de que existe um outro mundo, imaterial, espiritual, imortal, que é para onde vamos quando morremos e de onde, em certas excessões não-naturais (sobrenaturais), alguns voltam.




trecho de artigo publicado originalmente (na íntegra) em:
onirosvidadesperta.blogspot.com/2006/07

sexta-feira, 25 de março de 2011

o tempo é cruel (resenha)



E Suspiria não resistiu ao tempo. O filme de Dario Argento, realizado em 1977, é um daqueles produtos vendidos pela excelência, mas que ao assistir a gente fica se perguntando: por quê?


Cinema que mistura os gêneros de horror giallo (assassino em série) e fantástico, Suspiria conta a história de uma jovem norte-americana que vai aprender balé numa escola no interior da Alemanha. Detalhe: apesar do local, o filme é falado em italiano.


O começo empolga. A trilha abre os créditos instalando um terror crescente por meio do uso intenso de violino e de um coro de vozes de uma canção infantil lembrando O Bebê de Rosemary. Os enquadramentos precisos, a iluminação, a tempestade noturna e as cores berrantes criam uma ambientação promissora. Aliás, a trilha, a fotografia e os cenários são os recursos utilizados para encobrir os péssimos atores, o roteiro fraco, os truques baratos e os parcos recursos de um filme do gênero.


A história envolvendo um suposto serial killer em nenhum momento convence, pois o cenário surreal e a iluminação (Argento abusa do vermelho, com direito a sangue de catchup) deixam clara a explicação sobrenatural para a trama. Há cortinas esvoaçantes e mudanças bruscas de cores, no clima de mansão mal-assombrada.


Contando a favor de Suspiria, há uma sequência realmente assustadora na segunda metade do filme (provavelmente inspirou John Carpenter em Halloween). Entretanto, não livra a película da mediocridade.


Falta sangue, ameaça, tensão e, principalmente, o elemento perturbador em Suspiria. Não existe no filme aquela ideia por traz do enredo que faz a plateia se arrepiar. Algo que está presente em um filme recente de Argento, Jenifer, feito para a série Mestres do Horror.


Difícil imaginar que o público de hoje, acostumado a banhos de sangue, se impressione com Suspiria. Contudo, não faltam cinéfilos para chamarem o filme de obra-prima.

quinta-feira, 24 de março de 2011

e afinal...



... concluindo o ciclo de documentários deste mês de março.

terça-feira, 22 de março de 2011

domingo, 20 de março de 2011

a seguir...



... prosseguindo com o ciclo de documentários do mês de março.

terça-feira, 15 de março de 2011

15.03.11 - Zday

O cineclube participou do "Zday", data global em que são realizados eventos em diversos países em torno do Movimento Zeitgeist.

Em Bagé, onde mesmo o primeiro documentário (de 2007AD) ainda é pouquíssimo conhecido, o "Zday" consistiu em apresentá-lo à comunidade. O objetivo foi expor a informação e atualizar a discussão em torno do tema.




O debate foi diversificado e intenso, pontuando questões como as estratégias de dominação das instituições economicas, políticas e religiosas, e da importância da "escolha" como o que nos define como seres humanos, dentre muitas outras. Também foram mencionados outros documentários e fontes de leitura que estão relacionadas aos tópicos abordados.






Na semana que vem, segue o tema "Zeitgeist" com o segundo documentário: "Adendo". Quem quizer assistir e participar da discussão é bem vindo, mesmo não tendo assistido ao primeiro.

E claro, há a possibilidade de assistí-lo online:

vimeo.com/13726978 (sem legendas)

video.google.com/videoplay?docid=-1437724226641382024# (com legendas)

www.revistainternet.com.br (com legendas)

quinta-feira, 10 de março de 2011

2011 de volta às exibições semanais!




"Zeitgeist" é uma palavra alemã de caráter filosófico que sigifica "o espírito de uma época".

Neste primeiro documentário, de 2007AD, são apresentados três assuntos distintos integrados em uma linha de raciocínio intrincada, ousada, marcante e até mesmo desconsertante, a qual busca exatamente analisar o que caracteriza nosso mundo contemporâneo globalizado, imbricado pela mídia e construído sob a égide do sistema econômico capitalista.

Dirigido por Peter Joseph, com aproximadamente duas horas de duração, apresentou ao mundo um ponto de vista que se desenvolveu em um movimento amplo, voltado principalmente para a utopia da reorganização das culturas e da disseminação do valor do conhecimento. Porém, também insuflou angústia, revolta e críticas perspicazes por parte da audiência.

Divide-se em três partes:

1. "A maior estória já contada" (13 min) - do mito católico e antecessores

2. "O mundo inteiro é um palco" (40 min) - da queda das torres gêmeas

3. "Não se importem com os homens atrás da cortina" (74 min) - do Banco Central norteamericano


Não percam!





zeitgeistmovie.com

transcrição da 1ª parte, por Ricardo Braida

jornalminuano.com.br