domingo, 12 de junho de 2011

Balada Triste de Trompeta (resenha)


Balada Triste de Trompeta é o novo filme do espanhol Álex de la Iglesia, do ótimo "O Dia da Besta".

Neste filme, Iglesia usa o universo circense e nos presenteia com uma belíssima tragédia romântica. Prato cheio para o dia dos namorados (esteja você sozinho ou acompanhado).

Usando a alegoria dos palhaços para definir o perfil de seus personagens, cria um perfeito "triângulo odioso". O palhaço triste e o palhaço tonto, disputam o amor da bela trapezista Natália, que alheia ao cenário que se instaura, não consegue prever a catástrofe iminente. Personagens caricatos que ao longo do filme se transformam e se perdem entre a redenção e a destruição.

Balada Triste de Trompeta é um filme que nos mostra como aquilo que mais gostamos, às vezes também é aquilo que nos consome. Nos mostra que na vida, existe uma tênue linha, entre ser o palhaço que se dá bem ou o palhaço que se dá mal.

2 comentários:

Maicon Antonio Paim disse...

O Nietzsche disse que nós não amamos o desejado, mas sim o desejo.

Portanto, desejo não se mata, desejo só consome a gente.

Outro filme bárbaro do Iglesia, repleto de humor negro, é Crime Ferpecto.

Giovani Andreoli disse...

: :

A narrativa é bem original, surpreende ao longo do trajeto! E percebi uma fotografia com alguns pontos altos, umas cenas bem diferenciadas, como na seqüência do passeio a dois pelo parque de diversões.

E pra mim, a história é triste porque é sobre pessoas doentes, presas em suas misérias, que retornam pra os mesmos padrões de erros, mesmo depois que se abre a possibilidade de mudança.

Mas o grau de "doença" apresentado, por mais extremo que seja se pensado na vida concreta, não se tornou banal, porque veio equilibrado com os outros componentes de uma boa fábula sinistra! Muito bom!
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