sexta-feira, 10 de junho de 2011

de primeira classe (resenha)





Para os admiradores de Wolverine, X-Men – Primeira Classe é a prova de que ele não é indispensável para que se faça um grande filme sobre os heróis mutantes.



O filme segue a onda do momento em Hollywood, mostrar como tudo começou, são os chamados prequels. Bons exemplos recentes dessa leva são “Batman Begins” e o último “Star Trek”. Entretanto, nenhum desses dois filmes alcança a excelência de X-Men – Primeira Classe.



O filme tem um início idêntico (muito parecido para ser mais honesto) com o do primeiro filme: Segunda Guerra Mundial, Polônia, 1944. Só que agora se apresenta como começou a história de Erik “Magneto” (interpretação marcante de Michael Fassbender), o futuro grande vilão da saga. Aliás, a interpretação e a qualidade dos personagens principais é um dos grandes prazeres de ver este filme.



Professor Charles Xavier (James MacAvoy), Erik (Fassbender) e o vilão Sebastian Shaw (Kevin Bacon, que faz pensar que não há melhor escolha para o papel) se unem através de um arco dramático construído no estilo das melhores tragédias já encenadas. Shaw é um nazista com mente e coração nazistas, mas muito longe de ser interpretado de um modo caricato, pelo contrário, tem toda a classe e inteligência dos melhores vilões. O Professor Xavier é um Charles Darwin com profundo entendimento e confiança no (do) “humano”. Erik é o homem triste movido unicamente por um sentimento de vingança contra Shaw. A partir do encontro dessas três visões e sentimentos de mundo, surgirão todos os conflitos que tornam essa história o que muitas vezes a vida não é, verossímil.



É fascinante acompanhar o desenrolar da trama sabendo como as coisas vão terminar (X-Men - O Confronto Final). Tudo tem um forte combustível humano para explicar e justificar os comportamentos e as mais angustiantes escolhas: ódio, dor, medo, ressentimento, amor, compaixão.



A edição é primorosa ao ligar todas as informações e todos os personagens de maneira elegante, inteligente. Há a concisão de um conto de Hemingway e a fluidez de um romance de Ian McEwan a serviço de uma história com o peso de uma peça de Shakespeare.



“Primeira Classe” tem um trabalho de direção impecável de Matthew Vaughn (responsável pelo também excelente Kick Ass). Sabe ser discreto na hora certa e sabe, acima de tudo, que a imagem deve estar a favor da narrativa, ou melhor dizendo, que no cinema a imagem é a melhor forma de narrar. A cena em que o Professor Xavier enxerga a lembrança mais alegre de Erik é comovente, mostrando que cinema são lágrimas; a cena em que Erik ergue aos céus um submarino é espetacular, mostrando que cinema é mágica.



Ao final da sessão ficam duas certezas: que dificilmente será exibido um filme melhor nos cinemas este ano e que poucos filmes com humanos são tão “humanos” quanto este filme com mutantes.

6 comentários:

Giovani Andreoli disse...

: :

Nossa, q belo elogio! Muito bem colocado.

Eu pessoalmente, ñ gosto da idéia d ficar "recontando" em diferentes versões, as mesmas histórias das mesmas personagens ao longo dos anos. Penso q o cinema poderia trabalhar com uma cronologia unica, seria mais interessante.

Como ainda ñ vi, ñ posso falar do resultado. Mas com certeza vou aceitar a sugestão!
_______

Maicon Antonio Paim disse...

Mas aí é que está: não são as mesmas histórias, é a evolução das histórias. Voltar às raízes me parece muito interessante...é uma forma de conferir sentido ao todo...de compreender as questões e fatos que levam as personagens a serem como são e a estabelecerem a dinâmica de relação que estabelecem.

Não é todo ano que aparece um blockbuster com essa qualidade de roteiro e cuidado no desenvolvimento das personagens.

Giovani Andreoli disse...

: :

Maicon e Marcel

acabei d assistir o ultimo equismén adaptado p cinema e queria declarar algumas coisas

dentre elas, q vocês 2 sao uns idiotas! pq me disseram q o filme era muito bom, genial e tal

e ñ é

o 'X-Men: First Class' é um filme LINDO, LINDO, MT BEM ACABADO, GENIAL, DUCARALHO, D+MSM!!!, fiquei mt impressonadu, é genial além da conta, aconselho a tod@s mt mt mt mt mt mesmo q ñ sejam nerds q nem io,

as personagens todas são muitíssimo humanas! o roteiro é ágil E inteligente! a fotografia é belíssima! os cortes são mt ducaralho! a participação especial do Wolverine é mt ducaralho! a Raven traz 1 eclosão dramática espetacular! os atores todos estão mt ducaralho! há um clima de poesia ao longo da narrativa q sugere ter havido a dedicação pessoal – emocional – d 1 sr humano competente e convicto!

e assim, p/ t c bem sincero, eu quase gozei vendo o Shaw morrer… (imagina q conheço o cara desde a dec 80 dos HQs, fiadaputaepoko!!!)

c alguém ainda ñ viu, me ofereço, topo ver d novo!!!
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Marcel disse...

hahahaha.... te falei !!! :D

Maicon Antonio Paim disse...

É o Cidadão Kane do século 21 hehehehe

Maicon Antonio Paim disse...

A direção é do Matthew Vaughn, que fez Kick Ass (também DUCARALHO)